Cara folha de papel; amigo graffit....

....quero desabafar e só tenho a vocês, portanto...
...sei que posso usá-lo até o fim, que mesmo assim, não significa o fim de nossa amizada.
Sei também que posso riscar, rasgar, amassar e arremessar ao chão e, mesmo assim,
ainda encontar em você, um pedacinho onde escrever sobre mim.
Meus sonhos, desejos, desencontros, tristezas, amores e desamores.
Também posso desalinhar gravuras, desenhar aquela casinha de chaminé por onde sai uma fumacinha, com árvores em volta e alguns pássaros no céu, quando estiver com saudade.
Todos já desenharam isso um dia, não é verdade?!
Posso escrever uma poesia, quando apaixonada.
Posso marca-la com um baijo de batom.
Posso escrever a letra da canção preferida.
em fim...
Faço isso com você: caro papel; amigo graffit...
na esperança de que um dia, o leitor, esse que me ler agora mesmo,
possa interpretar meus sentimentos e me compreender melhor.
Obrigado por tudo. inclusive por isso.

Sem explicação

Por favor, me explique:

O gosto que em mim boca fica quando me lembro dos seus beijos;

O fogo que me sobe a face

O cheiro que viaja no tempo me trazendo lembranças do passado;

Nas notas de uma canção, na cor rosada da “bala” que nossa boca adoçava;

A paisagem que nos rodeava em cada abraço;

Por favor, me explique o que não tem explicação,

A dor que reside na alma;

As feridas do coração;

De quem partiu muito cedo,

De quem compunha os segredos,

Que guardo no coração.

SEJA COMO FOR

Seja como for, acontece o amor.

Seja como for, esquece-se da dor.

Seja como for, acontece a paixão.

Seja como for, ela marca o coração.

Seja como for...

... o amor faz esquecer a dor que a paixão deixou no coração.

Paula Matos.

ENGANO

O engano do coração e sentir que o amor nunca acaba.

O engano da alma é acreditar no coração.

O engano do beijo é se achar gostoso.

O engano da boca é acreditar no beijo.

O engano da beleza é acreditar nos olhos.

O engano dos olhos é acreditar no amor.

Que é cego.

Paula Matos.

Seja Feliz

Adoce a boca dos amargurados que bradam lamentos aos quatro cantos do espaço que ocupam com um sorriso de bom dia. Assim, estarás mostrando que é possível recomeçar a cada amanhecer.

Entoe uma canção suave quando o clima for de stress. Pois a música acalma a alma dos atormentados.
Estenda as mãos aos derrotados e ofereça colo aos sofridos. Pois o carinho é um gesto de amor com forte poder de cura.
Olha com ternura os que te ofendem com palavras e gestos de falcidades. Eles apenas não sabem como ganhar sua amizade. E, no fundo da alma, cultivam uma grande admiração pela sua pessoa. Talvez isso os incomode.
Não evite as lagrimas se forem verdadeiras. Pois elas são o desabafo do coração.

Paula Matos.

Beaux yeux

Lindo mesmo é tua alma adornada de todas as cores.
Lindo também são teus olhos,
fitando na direção dos amores.

Paula Matos

PENA

A pena que pesa em meu peito,
Parece poeira do tempo,
Costurando em meus pensamentos,
Passado, futuro e presente.
Quê peso?
Da pena passada?
Quem pensa na pena presente?
Só posso pesar minhas penas,
Com o peso da dor dos ausentes.
Pois somos pesos da mesma medida,
E o peso maior dessa vida,
É perder minhas penas sofridas.

Paula Matos.

CINZAS

Há cinzas nos olhos que choram.
Há cinzas no frio que anuncia a noite.
Há cinzas no raio que tinge o orvalho.
Há cinzas nas mãos que seguram os andores.
Cinzas do tempo.
Cinzas do vento.
Cinzas de amores.

Paula Matos